
Pessoas que marcam
Algumas pessoas apenas passam por nossas vidas. Outras, antes de partirem, nos ensinam alguma coisa. Existe também aquele grupo menor que, quando passa, deixa uma marca, uma cicatriz que vai nos acompanhar para sempre. E, embora por vezes com alguma dor, eu simpatizo mais com o último grupo.
É incontável o número de pessoas que eu já conheci. Mas conto nos dedos o número de gente bacana que já conviveu comigo. Verdade seja dita, existem pessoas que eu gostaria que ainda fizessem parte da minha vida, mas seria egoísmo da minha parte privar outras pessoas de terem a vida tocada por elas. Além disso, a vida é feita de ciclos.
Ainda assim, tem gente que mesmo depois de sumir parece que está sempre ali. Pessoas que marcam. Pessoas que nos mostram que não podemos nos contentar com menos do que elas nos ofereceram. Pessoas que, sem querer, nos acostumaram mal. Porque depois que você conhece elas, depois que você vive com elas – não importa por quanto tempo -, nada menos do que elas fizeram você sentir vai satisfazer você. Depois que você prova do bom e do melhor, é difícil voltar para o básico.
De minha parte, eu tenho um ponto de partida. Sei o nível de satisfação que cheguei e não me contento com menos do que mereço – do que posso conseguir. Que seja igual, não me importo, vai ser maravilhoso. Se for melhor, talvez estrague. Ou talvez, só talvez, o melhor seja extraordinário. Mas tudo que for menos do que eu já tive, eu dispenso, obrigada.

